terça-feira, 13 de setembro de 2011

DIA 07 - Bariloche com tudo um pouco





Comecei o dia pensando em trocar o pneu em Neuquem. Aí caiu a ficha: era domingo. Todo comercio fechado e ainda tinha setecentos quilometros para rodar ate Batiloche. Baixei a pressao do pneu para aumentar a superficie de contato e distriuir o desgaste. Ate Neuquem (240Km) nao teve mais vento, embora 100km antes de Neuquem as plantacoes cercadas por altos pinheiros plantados bem juntos denunciasse o vento que constuma fazer por ali. Alias, ontem e hoje, apesar do vento na saida de Buenos que me acompanhou por uns 300km, o dia foi de sol e frio. Ideal para viajar. Passei Neuquem sem encontrar uma amiga que mora lá e tinha pensado em fazer uma visita. Virei para Bariloche na ruta 237 e ai tudo mudou...Veio o vento, muito forte, sempre de frente. Colei atras de onibus interestaduais que faziam uma mèdia de 100km/h para me proteger mais do vento e gastar menos pneu. A média de velocidade caiu muito. Atravessei uns quilometros dentro de uma tempestade de areia. Quando passei a cidade de Pedra Aguila, "a cidade dos ventos", no meio da ruta, o vento logo passou e entao veio uma "neblina". Se via de longe sua altura, tapando o sol e diminuindo a visao. A neblina no entanto era um pó muito fino. Os morros altos estavam todos brancos cobertos pelo pó. A moto e eu tambem. A viagem continuou lenta com vento e pó. Faltando cem quilometros para Bariloche veio entao, para fechar com chave de ouro, a chuva e o frio da montanha. Diminui mais ainda a velocidade preocupado com gelo na pista (este é tombo certo). Parei, coloquei a roupa de chuva e fui embora. A viagem que previa chegar as duas ou tres da tarde se prolongou ate seis da tarde. A pedreira so foi quebrada pelo visual incrivel do vale que se inicia desde cem quilometros antes de Bariloche. Aqui esta anoitecendo por volta de oito (em buenos era sete). Por fim tudo certo. O pneu aguentou.