quarta-feira, 28 de outubro de 2009

DIA 21 - Algum lugar no interior da Argentina

Sai de San Pedro (dava para ficar mais um ou dois dias por conta de outros passeios) e percori o Passo Jama (a passagem nas montanhas que vai para a Argentina). Uma parte inclusive é patrimonio da humanidade por sua beleza (uma estrada cheia de curvas com o vale ao fundo). Agora, se é para tombar, pode tombar as estradas de Cuzco e da Cordilheira Blanca que nao deixam nada a dever.
Cheguei a Jujuy determinado a trocar os pneus. Levei 03 horas desde conseguir os pneus, comprá-los e instala-los. Este atraso mais os tramites da fronteira me deixaram com pouco tempo para a estrada. Fiz apenas 570 km ate anoitecer e eu parar em General alguma coisa, perto de Salta.
Sinceramente, a viagem, de certa forma, acabou. De volta a civilizacao, ao calor, a planicie, agora é só acelerar para chegar a Porto Alegre. É como no inicio da viagem, quando a curtiçao só começou dias depois da saida, quando subimos o altiplano na Bolívia.

DIA 20 - San Pedro de Atacama (paseos)

Fazer turismo é acordar as 3:30 da manha para ir ver os geisers de Tatio (excursao). O problema é que depois de conhecer os geisers da Bolívia (Uyuni, tem alguns anos), os daqui sao menos expressivos. Do mesmo jeito teve um banho em uma piscina de agua termal, o do Uyuni foi mais bacana (a paisagem era mais bonita). Mas valeu. A tarde fui as lagoas do salar de atacama, ai sim o passeio se destacou. Primeiro a paisagem entre montanhas distantes e um deserto no meio. Depois as lagoas em si. Primeiro uma com alta salinidade na qual voce nem querendo consegue afundar. Simplesmente se boia como se estivesse em um colchao. Tipo quando se tem aquelas pranchas de isopor para flutuar. Depois tiveram duas "piscinas" que pareciam cavadas no sal. Nao entrei. A ultima lagoa era um espelho de agua no qual se andava o quando quisesse com agua na canela. O fundo todo de sal em cristais (branco) dava o efeito na agua. Pena que a noite perdi o terceiro passeio que era a observaçao do céu com telescópios (o passeio da tarde entrou pela noite).
Hoje encontrei uns tantos motoqueiros brasileiros (um grupo grande e mais velho que queria mais fara) e dois malucos que me convidaram para fazer o deserto de Uyuni (se nao fosse o tempo e os pneus carecas eu encarava - esse esta na lista para o futuro, nao fiz quando estive na Bolivia por que o pais estava no caos da Revolta Campesina).
Alias, desde que entrei na Panamericana devo ter passado por dezenas de motoqueiros (europeus, argentinos e brasileiros).

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

DIA 19 - San Pedro de Atacama

Sai em Iquique atras do Pneu e de informaçao sobre o seguro que é exigido para passar pela argentina (o meu venceu no domingo - dia que era previsto o retorno ao Brasil). O comercio aqui só abre as 11 da manha. Entao fui para estrada e cumpri os 600km do dia até Sao Pedro do Atacama.
Antes passei pela Estrada Panamericana (uma estrada que atravessa o interior do Chile, à direita a serra que desce até o Pacífico, à esquerda a Cordilheira). De Arequipa até Iquique já tinha passado nesta estrada em outra viagem, continuando pelo litoral até quebrar perto de Antofagasta. Desta vez fui por dentro para dar mais sorte.
Em Calama consegui fazer o seguro, mas nao achei o pneu. E agora que cheguei em San Pedro só vou troca-lo na Argentina (vai ter que aguentar, apesar de já estar bem chato de pilotar a moto, principalmente nas curvas).
San Pedro é uma cidade de dois mil habitantes e um monte de turistas (muitos brazucas) no pé da montanha (nao como aqueles picos verticais, mas mais suave, uma grande rampa). No meio do deserto (quente de dia e frio à noite). Bem turistica, com varias ruas com agencias de turismo, restaurantes, hoteles e por ai vai.

domingo, 25 de outubro de 2009

DIA 18 - Iquique, Chile

Depois da experiencia de ontem, encarei a estrada de novo - tres dias sem andar de moto em Arequipa. Rodei 800km pela Panamericana, cruzei a fronteira (duas horas de burocracia), troquei dinheiro em Arica e cheguei inicio da noite em Iquipe, no litoral chileno. Interessante estar de manha a 2.800m de altitude, do lado da Cordilheira, entre os peruanos, e a tarde no nivel do mar entre os chilenos. Ai vem as diferencas: no Perú cidades mais animadas com festas e apresentacoes na rua, buzinas o tempo todo e a cachorrada atras da moto. No chile poucas pessoas nas ruas, silencio e quase sem cachorros. Outra: no Peru o tempo todo a presenca da policia, que no chile quase nao se ve.
Nao troquei o pneu em Arequipa, vou tentar amanha cedo em Iquique - uma cidade relativamente grande.

DIA 17 - nascente do Amazonas




Acordamos as 4 da madrugada. Seguimos de carro até a montanha Misme, primeiro no asfasto, depois na terra, depois só as marcas dos pneus até quase desaparecerem. Chegamos a "placa", um paredao de vinte metros de altura que salta da montanha de onde saem diversos veios de água, sendo um considerado a nascente. Comecamos a caminhada por cima da placa. Caminhar, subindo e descendo as pedras, a 5.000m de altitude com metade do oxigenio do nivel do mar - pode preparar o fôlego. Fomos ate uma lagoa que, segundo o guia seria uma nova possibilidade de nascente do rio, mas nao é oficial. Depois descemos o paredao e o percoremos todo. Comecou a nevar fraco, esfriou e ate trovejou. No final do paredao, já voltando para o carro aparece a nascente oficial com a água brotando do paredao. Um espetáculo do capricho da natureza. Aliás nao importa bem se a nascente é mais para lá ou para cá. A regiao toda é linda. Faz pensar sobre morar em um apartamento, trabalhar de segunda a segunda, assistir televisao e comer Mac. Perdemos de fato bastante do que somos. Quando achamos a nascente tivemos que sair as pressas para evitar a nevasca que cairia logo em seguida e deixaria a montanha branca. Final do dia tinhamos voltado para Arequipa.

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

DIA 16 - Colca (dia 01 da rio amazonas)


Ontem a noite fizemos uma despedida do grupo (menos o chico que ficou dormindo). Hoje cedo a turma sumiu no mundo rumo ao chile. Eu arrumei minhas coisas (deixei parte na moto, parte no hotel e trouxe outra parte ainda), troquei dinheiro, comprei mantimentos e as 9 o carro da agencia me pegou para o passeio. Entramos na regiao do Colca com muitos vulcoes (montanhas nevadas) e o canion do Colca (milhares de metros de altura - sem exagero, o itambezinho/RS é nenem aqui). Aqui estao os tumulos incas (onde acharam a múmia super conservada - aqui faz muito frio e é muito seco - sao os desertos peruanos). Vamos pegar trilhas com o carro, sem estrada, entao so com guia e veiculo 4x4. Vamos dormir hoje em Chivay (3.600 metros de altitude), em um hotel, a base para todos os passeios na regiao. No passeio serao apenas eu e um guia - " o melhor da regiao" porque quase ninguem faz este passeio. É muita desinformaçao, nem os peruanos sabem que o Rio Amazonas nasce aqui, todo mundo para quem perguntei me mandou ir para o norte do Peru.

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

DIA 15 - Arequipa (manutencao da moto) - revisto


Tive que perder um dia aqui em arequipa. Com esse sao quatro dias de atraso no cronograma. O pneu dianteiro da moto acabou! Queria ter trocado ele na Argentina por ser mais barato, mas nao da mais. O problema é que apesar de ser uma cidade grande, nao tem estrutura para viajantes de moto. Foi dificil achar o pneu e nao tem balanceamento na cidade. Desta forma, o retorno previsto para o dia 25 fica, agora, para o dia 29.
-Bom, essa era a previsao. só que o fantasma da chave para retirar a roda dianteira (que nos incomodou quando o chico furou o pneu) voltou a atacar. Tínhamos feito, eu e o guilherme, em Nazca, duas chaves improvisadas com parafusos soldados para retirar a roda, mas as chaves falharam e nao tem um ferramenta em Arequipa para tirar a roda. Isso porque estou rm uma autorizada da Honda que ligou para todo mundo e eu ainda fui em varias oficinas e lojas. Nada. Tenho um pneu careca na moto e um novo (ja comprado), mas nao consegui trocar. Como ia perder outro dia e so ia voltar ao Brasil na sexta (dia 30) porque tive que mandar fazer uma chave no torneiro, mudei a programacao. Os caras precisavam seguir viagem e eu estava com vontade de seguir no meu ritmo. juntei as duas coisas. Comprei um treking para a nascente do Rio Amazonas! Um passeio que estava no meu roteiro de viagem antes de topar viajar com os gauchos. Agora voltarei a minha especialidade: viagem solo.
Dever de casa para o Brasil: processar a Yamaha, mas isso será outra história...
Ontem quase dormi em cima da moto na estrada para Arequipa. Isso de acordar com as galinhas toda a viagem e dormir tarde chegou no limite. Aproveitei que ia ficar aqui e descansei um pouco mais.
Hoje chegaram o chico e o sergio que tinham ficado em Lima (por dois dias viajamos so eu e o guilhermito). O chico ja chegou reclamando de tudo e querendo ir embora (falta o espirito do motoqueiro estradeiro no cara - o easy rider).

DIA 14 - Arequipa




Madrugamos para ir fazer o sobrevoo nas linhas de nasca. Muito intrigante o que se ve, vale a pena conhecer. Depois, por volta de 10 da manha seguimos para arequipa. Entramos no deserto plano com retas interminaveis e logo vieram os ventos de ate 80 km/h que arrastavam as motos de um lado para o outro. Alem da areia que "limpou" a moto e as botas, alem de tirar as pinturas sem muita resistencia. Em certos trechos a estrada esta quase sumindo debaixo da areia. Depois a estrada voltou para o litoral onde, devido ao terreno de dunas de dezenas e centenas de metros que entravam no mar, se tranformou em um trajeto bem sinuoso. Por fim, voltamos mais para o interior, encontrando denovo a cordilheira com seus picos nevados e arequipa que fica ao seu pé. Uma cidade grande que ja tinha estado uma vez a muitos anos, mas nao tinha conhecido o centro historico. Surpreendeu.
Dica: quando for viajar pela america espanhola, sempre procure a plaza de armas quando chegar a uma cidade. É onde tudo acontece.

terça-feira, 20 de outubro de 2009

DIA 13 - Nazca




O grupo se dividiu. Queria ir para Nazca conhecer os desenhos no deserto o chico queria ficar em Lima. O Sergio ficou com o chico e eu trouxe o guilherme na mala. Mas antes, pela manha, enquanto o guilermito comprava uma corrente nova, rodei a pé pelo centro de Lima, Plaza de Armas, as catacumbas de um mosteiro e um museo inca. A tarde rodamos 430 km sem problemas, chegamos no inicio da noite em Nazca e ja compramos o passeio para amanha de manha (sobrevoo sobre o deserto para ver os desenhos). Acho que nao ficou mais com o grupo, apesar da tranquilidade de viajar em conjunto, nada como a liberdade das viagens de sempre...

DIA 12 - Lima







Outro dia estava comentando que um dia aqui vale por uma mês na vida "normal". Saimos de Huarás rumo à Lima. Depois das quinze primeiros quilômetros de asalto entramos em uma estrada de terra que estava em obras (130km). Como tinha chuvido no dia anterior a terra virou aquela lama que nao da aderencia nos pneus das motos. Andamos nos arrastando para nao cair por 30 km. Ai veio um bloqueio na estrada (uma pedra do tamanho de um carro) devido as obras. Tres horas parados no sol, sem cafe da manha nem agua. Mais uns quilomentros e meia hora parados novamente pelas obras ate sermos liberados pelo encarregado que nos escoltou pelo canteiro. Depois mais alguns minutos é detonarem rochas. Enfim chegamos à Estrada Panamericana (Casma). Asfalto de primeira qualidade. Quando tudo ai bem a corrente da moto do guilherme quebrou faltando 200km para Lima. Já anoitecia quando íamos a 80 por hora para poupar o remendo feito na dita corrente. Em um parada para checar a corrente o chico se adiantou (nao sei o que fazia na frente do grupo que tinha uma moto avariada). Para completar o chico tentou fazer uma manobra no acostamento para voltar e atolou a moto. Passamos todos por ele, que se debatia sem qualquer sentido na estrada tentando parar um de nos para ajudá-lo, ou inves de simplesmente gesticular corretamente. Resultado, ate reunir o grupo de novo, o tempo ja havia corrido. Chegamos em Lima sob nebline, no inicio da madruga. Foram 600km que valeram por dois mil (17 horas em cima das motos).

domingo, 18 de outubro de 2009

Balanco da viagem

Chegamos a metade da viagem. Agora é só voltando pelas pistas expressas (Panamericana) - asfalto, posto de gasolina, etc. Meio chato deixar as montanhas, mas vamos lá. Foram quase 5.500km ate agora. A moto vai bem, só o problema da corrente que parece estar resolvido. A moto é mediana para esta exigencia de viagem. Um pouco urbana de mais, alguns pontos frágeis para aguentar as estradas mais pesadas. Os pneus que eram uma preocupacao estao aguentando. Acho que vao ate a argentina, onde podemos comprar novos bem mais baratos que no Brasil.

DIA 11 - Huaras passeios




Hoje ficamos em Huaras. A cordilheira andina comeca na terra do fogo (extremo sul do continente) onde se juntam as montanhas, a patagonia e algo mais. Ao norte, de certa forma, um marco dela esta aqui. Onde as duas faces da altiplano peru-bolivia se encontram (a do litoral e do interior). Nesta ponta formados pela cordilheira negra e a branca. Huaras fica no vale entre estas duas cordilheiras que se afunilam e se fundem o Cañon del Pato (canion do pato). Por isso visitariamos o Canion e um parque na cordilheira branca. Ai veio a primeira divergencia do grupo. Eles queriam uma excursao (de onibus), eu moto. E assim foi eles de onibus e eu de moto. A primeira participacao solo minha (aguarde mais). Fui ao canion onde um rio separa as duas cordilheiras onde a estrada de terra possui dezenas de tuneis devido aos paredoes do canion. Depois fui ao parque que entra pela cordilheira com lagoas e glaciares nos cumes das montanhas. Subi ate o ponto mais alto e vi a cordilheira do outro lado. Simplesmente o melhor momento de toda a viagem ate agora (o onibus so levou a turma ate as lagoas, lá embaixo). Eu so pego excursao em ultimo caso. Tudo bem que começou a cair granizo e fui embora debaixo de chuva. Mas depois é só secar...

DIA 10 - Finalmente Huaras







Hoje foi, até agora, o melhor dia da viagem. Saímos cedo de La Union, entramos em um vale estilo cartao postal que aos poucos foi se tranformando naquele visual de montanha que me identifico tanto (a regiao de Cuzco é assim: montanhas colossais cuja altura é suficiente para encontrar com as nuvens, onde a neve se confunde com o céu). A medida que avançavamos surgiam as primeiras montanhas da cordilheira branca (nosso objetivo, assim chamada porque os picos tem os gelos "eternos"). Chegamos ao cume, 4.800m, quase zero grau a temperatura, o guilhermito que sempre anda na retaguarda por render menos se perdeu em uma encruzilhada e perdemos algum tempo. Mas o melhor foi o pneu dianteiro furado do chico. As nosso motos sao todas iguais (Yamaha XT660) e o modelo tem uma particularidade: o eixo da roda dianteira é rosqueado, mas a Yamaha nao coloca no kit de ferramentas da moto a chave para desenrosca-lo para tirar a roda. Como somos espertos providenciamos antes da viagem um parafuso que faria o serviço, mas nao fez. O eixo estava colado e com a força que colocavamos no parafuso o mesmo estourava. Resultado, conseguimos um carro (camionete) para colocar a moto em cima e leva-la devagar ate a proxima oficina (alguns quilometros a frente). Perdemos duas horas, mas passamos por lugares belíssimos, conhecemos um casal brasileiro que viaja a cinco meses de motorhome pelas americas e por ai vai. Decidimos ir a um sitio arqueológico desviando nossa rota já que o dia (tarde) estava perdido em Huaras (nosso destino). Show de bola, tanto a estrada como as ruinas pre-incaicas (aquilo era arquitetura). O porem, foi o tempo gasto neste desvio pela estrada muito ruim, Para completar chuveu. E ainda anoiteceu. Para nao contabilizar mais um dia de atraso seguimos nestas condicoes ate Huaras. O guilherme ainda estressou de ter sido deixado para tras (tudo resolvido no durante a parrilla do jantar).

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

DIA 09 - La Union

Novamente, nao conseguimos chegar ao objetivo do dia. Um fato recorrente na viajem toda. Ao inves de Huaras, so chegamos a La Union, uma cidadezinha a 2.000m no meio de uma serra. Foram apenas 320Km rodados, 120 de asfalto (ruim), uma parte de terra e um final de um pavimento grosseiro parecido com asfalto. Motivos: primeiro, uma obra de colocacao de um tubo cortou a estrada de terra que estava interditada. Tivemos que passar as motos, uma a uma por um pequeno trecho estreito e lamacento ao lado da estrada. Motos atoladas e algum esforco depois perdemos uma hora na brincadeira. Depois nova interrupcao na estrada que estava recebendo o pavimento. Quase tres horas esperando a abertura da estrada. Ainda pegamos um trecho de terra molhada que mostrou ser impossivel correr neste tipo de terreno que vira um sabao. Nesta parada ficamos em um pueblo. Almocamos e vimos como os peruanos sao receptivos. Alem, e claro, de as motos causarem uma agitacao onde passam. Pessoas tiram fotos, nos perguntam de tudo e dao recomendacoes das mais diversas. Em Cerro de Pasco fomos os primeiros brasileiros a ficar no hotel.
Enfim, sao quase tres dias de atraso total. Para completar um peruano doido tentou me acertar com uma pedra do tamanho da cabeca dele. Errou, mas como ele jà tinha tentado derrubar o sergio pelo casaco, paramos para um "dialogo" com o figura, ja que ainda faltava mais um do grupo passar pelo doido. No fim o cara queria um cigarro. No mais, deu tudo certo (bom, esta chuvendo agora a noite, esperamos para amanha o sol ate Huaras).

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

DIA 08 - Cerro de Pasco


Hoje subimos de novo a cordilheira. A cidade anterior ficava no pé da cordilheira a apenas 2.800m de altitude. Rodamos 150 km de terra mais 300 de asfalto e chegamos a 4.200m. O atraso foi por conta de uma hora parados em Huancayo para trocar a corrente da minha moto que já vinha estando pela estrada. Ainda tivemos uma parada para colocar as roupas de frio na estrada (menos de 10 graus). Nestas regioes o frio, a secura do ar e a altitude (que aumenta a irradiaçao solar) fazem as pessoas envelhecerem rápido. Alguem com quarenta anos pode parecer ter sessenta.
O unico incidente foi uma vaca do chico, depois de dar de frente com um caminhao em uma curva.
Estou com dificuldade de baixar as fotos, mas amanha devem ter imagens novas.

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

DIA 07 - Huanta

Hoje fizemos pouco mais de 300KM. Só estrada de terra. O programa da viagem submestimou as condicoes das estradas. Depois de comecar o dia a 4.200 metros com frio e boas estradas, descemos a cordilheira para o calor, estradas muito ruins em alguns trechos e muito transito e povoados. Um momento sem graca da viagem sem o visual das montanhas e das neves. Pelo contrario: muito (mais muito mesmo) pó, daqueles qque produzem colchoes de poeria muito fina na estrada, o que rendeu vários sustos de tombos para todos. Na verdade, estreiei o chao pela primeira vez com a moto: parei a moto, tirei a maquina fotografica do bolso para tirar uma foto de uma peruana com o filho nas costas, o pé derrapou (era uma ladeira) e moto deitou no chao. Nada demais. Pior teria sido se o quase atropelamento de uma crianca peruana tivesse ocorrido (ela atravessou diante da moto do nada). Vamos dormir em Huanta. A viagem completou uma semana, mais de 4.000km e dois dias de atraso no cronograma.
Viajar de moto deste modo nao é uma fèrias na praia. Acordamos cedo, colocamos a bagagem na moto, fazemos um checkup na moto (lubrificacao, aperto de corrente, limpezas, concertos), viajamos com sol, frio, calor, pó, altitude, etc, subindo e descendo montanhas, 10 horas por dia, comemos mal (só lanches - boa dica de regime, já perdi um quilo), as vezes nao encontramos acomodacoes boas, para no dia seguinte fazer tudo de novo. E o melhor: nao trocamos isso por (quase) nada.

DIA 06 - Andahuaylas

Saimos de Cuzco cedo. Comecamos com uma estrada pavimentada (200km) que em Abancay virou de terra (120km). Ou seja, rodamos apenas 320km. A idéia era ir bem mais a frente, mas ficamos pelo caminho nesta cidade que ate agora erro na hora de falar o nome. Uma cidade "grande" para estar isolada nas montanhas, ligada apenas por estradas de terra. Passamos por trechos pesados da cordilheira: 4.000 metros de altitude, estradas estreitas, muito sinuosas, com trafego e coladas nas faces das montanhas, com despenhadeiros de centenas de metros marcando a estrada a cada curva. Nao dava para vacilar. Pelo menos a pista (terra) estava em boas condicoes.

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

DIA 05 - Cuzco

Saimos de Copacabana cedo, gastamos as duas horas normais na fronteira Bolivia-Peru (a propina saiu mais barata que na primeira fronteira). Depois esticamos pelo interior do Peru entre montanhas e vales, passando por um cume a 4.400m de altitude. Foram 700Km ate Cuzco - provavelmente a cidade mais bacana dos andes com gente do mundo todo e de tudo para se fazer. Aproveitamos o final da tarde eu e o guimermito para visitarmos as ruinas incas de sacsaiaman (nao sei se e assim que escreve) e resolver questoes com as motos. A corrente da minha moto praticamente acabou apesar de ter sido comprada para esta viagem (produto xingling da pior qualidade). Tive que comprar outra corrente.
Ficamos em um hotel mais ou menos, secular, mas o problema foi quarto em um quase subsolo que apelidamos de masmora. Por increvel que parece foi uma das melhores noites de sono.
Cuzco merece pelo menos cinco dias. Quase fiquei para ir a machu picchu de moto, mas me convenseram que a viagem era imperdível.
No Peru existem matilhas de caes que vivem na beira das estradas, nos acostamentos. Um a cada tantos metros. Eles vivem do lixo que os carros e outros veiculos jogam nas estradas. Caiu um saco com restos, o cachorro já sai correndo para a refeicao.

domingo, 11 de outubro de 2009

DIA 04 - TITICACA


Hoje estava torcendo para sair da Bolìvia, mas acabamos ficando em Copacabana, à margem do lago titicaca. Rodamos 700km, um pouco mais que nos outros dias, só que pouco na contabilidade da viagem. Hoje se completou um dia de atraso no cronograma. Isso tem gerado atritos no grupo que possui o nervosinho, o deixa disso e o atrapalhado gente boa. Vamos ver até onde vai...No mais, paisagens belìssimas do titicaca, três pássaros mortos e um tombo de moto do chico na balsa de travessia do lago. Após Santa Cruz de la Sierra subimos a pré-cordilheira, chegamos a 4.800m de altitude e descemos para cerca de 3.500. Agora estamos no frio andino, no ar rarefeito e na secura do ar. Muito melhor que o calor...
O Boliviano dirige como um camicaze, nao esta nem ai se voce está no caminho, nao muda a trajetoria nem freia. So nao morre um monte porque dirigem devagar.

sábado, 10 de outubro de 2009

DIA 03 - Bolívia!




Entramos na Bolívia - após duas horas presos na burocracia e propinas de sempre. No total do dia viajamos por volta de 600km. Fizemos um trecho de estrada de terra - 150 km mais ou menos - bem ruim, com muitas obras (na maior parte do tempo invadiamos os trechos d pista pronta, ao inves de ficar nos desvios). Um pneu furado, da moto do sérgio, duas horas perdidas para arrumar o pneu - o ponto fraco da viagem de moto. Mais uma vez nao conseguimos cumprir a meta do dia, em vez de dormir em Cochabamba, dormimos em algum lugar que nao sei o nome no interior da Bolívia (San jose - uma cidade com uma arquitetura jeduítica bem interessante, mas imersa na poeira todo o tempo, nao tem como ficar limpo).

DIA 02 - Mato Grosso do Sul


Hoje começamos devagar, logo cedo se detectou a suspenáo da moto do chico estourada, provavelmente resultado dos buracos e quebra molas do dia anterior - nunca vi tanto quebra mola em estrada como ontem e ele nao alivia... Passamos a manha quase toda em Dourados, na oficina. Com o tempo perdido nao conseguimos chegar em Corumbá, como era planejado. Dormimos em Miranda, interior do Estado. Foram apenas 600 km. Na estrada ainda paramos para conhecer os jacarés "domesticados" do seu zé.

DIA 01




Saímos de Caxias, eu, sérgio, chico e guilherme, logo cedo. Passamos pela serra gaúcha, dentro das estradas estaduais, inclusive de terra para evitar o tráfego pesado das rodovias principais. Estava 16 graus pela manha (teclado espanhol nao tem o acento). Passamos por Santa Catarina e dormimos no norte do Paraná, em Guaíra - 888km. Estamos um pouco lentos, demoramos 12 horas para cumprir o trajeto - em parte porque temos um calouro no grupo.

NOTA

AQUI COMEÇA A VIAGEM 2009 - CORDILLERA BLANCA