quinta-feira, 3 de maio de 2012

Sexto dia - San Pedro de Atacama

Esta é a unica parada com mais de um dia de permanencia da viagem. Ficamos em San Pedro pela manha, arrumando as motos, trocando dinheiro, conseguind mapas. No final da manha saimos para os geisers de Tatio a 100km da cidade. A estrada esta sendo ampliada e será asfaltada. Chegamos apos tres horas, depois de errar algumas vezes na estrada o caminho e parar para fotos. Tomamos banho nas termas e seguimos para Chui-Chui passando pelo deserto do atacama - uma imensidao de dunas de pedras vermelhas entre as cordilheiras do litora e do interior - ficamos a 350km do mar. Voltamos no final da tarde querendo passar no Vale da Lua, mas este já estava fechado. Entao encerramos nosso expediente, chegando a cidade de San Pedro cerdo, arrumando as motos para nosso retorno ao Brasil a partir de amanha e aproveitando para atualizar a internet, entre outras coisas. Eu pessoalmente ainda vou fazer um ultimo passeio: vou daqui a pouco para a estrada aqui perto, ver o deserto com a lua. Amanha e pelos proximos dois dias é só acelerar para voltar.

Quinto dia - San Antonio de los Cobres - San Pedro de Atacama

San Antonio de los Cobres é gelada. Dexei uma meias secando na moto e estavam congeladas no dia seguinte. A agua de corregos e lagos da montanha estavam congelados ate as 10 ou 11 da manha. Saimos por volta de 8:40 para continuar a estrada de rípio. Cada vez mais, se tornaram raras cidades, ou no caso, povoados. No dia anterior, as vilas já nao passavam de um punhado de casas. Assim como, outros veiculos. A altitude ficou em torno de 4000 m. Pegamos estradas com neve, inclusive com desvios porque havia trechos fechados. Passamos pelos controles de fronteira da Argentina e do Chile, este ultimo só registro, porque a aduana e a migracion ficam em San Pedro. Foram 120km ate a fronteira. A estrada é tao bonita quanto o famoso Passo Jama. Do lado chileno a previsao é de que em 2013 esteja asfaltada. Para nossa surpresa já tem um trecho grande asfaltado, embora os mapas indicassem rípio. Por isso, seguimos mais devagar, já que o asfalto aceleraria a viagem. Passamos em lagoas andinas e cumprimos os 220km restantes até San Pedro, sendo 100 asfaltados. Em San Pedro chegamos cedo e já fomos a uma agencia e compramos um passeio noturno para observacao da lua cheia e outras estrelas. Este tinha faltado na minha viagem anterior a San Pedro.

Quarto Dia - Cayafate - San Antonio de los Cobres

O dia anterior foi o mais fácil da viagem com apenas 350 km em asfalto. Na verdade em Salta conversando e vendo os mapas e passeios nas agencias de turismo revisamos nosso roteiro. Ao inves de ir direto para San Pedro de Atacama, optamos por conhecer a parte sul da cordilheira de Salta - Cayafate e atravessar para o Chile pelo Passo Sico - mais ao sul do Passo Jama, que era a alternativa original. Apartir deste dia comecariamos a entrar na montanha e pegar as estradas de rípio (algo com terra compactada com pedras). O roteiro foi corrido. Saimos de Cayafate, seguimos para Cachi, sentido norte - uma pequena cidade histórica na montanha. Valeria a pena passar uma noite nesta cidade. Foram cerca de 150km em tres horas com paradas para fotos. Depois de Cachi descemos a cordilheira de novo pelo Vale Encantado quase até Salta - chegamos a quase 5.000 metros de altitude e fomos a cerca de 1.500. Voltamos para o asfalto e seguimos rumo San Antonio de los Cobres, mais 300km, 120 de asfalto e 180 de rípio, subindo a cordilheira de novo até quase 5.000 de altitude, de novo. Nestes trechos de montanha, tanto no de Cachi como no de San Antonio passamos por visuais de montanha com picos nevados e frio sempre. Chegamos em San Antonio no inicio da noite, coincidentemente com outros grupos de moto - a cidade é um cruze entre a rota do Passo Sico e a antológica ruta 040. A cidade é bem isolada e com poucos recursos, menos o hotel no qual nos hospedamos.

Teceiro dia - Salta - Cayafate

Na segunda tinha a missao de trocar o pneu traseiro da moto (está virando uma tradicao troca-lo durante as viagens porque na argentina seria mais barato). Dexeamos o senhor nos guiar pla cidade com seu carro de quarenta anos de idade. Encontrei o pneu e o Guillermito a lampada para o farol. Fizemos as trocas e reparos. Almocamos na Plaza de Armas da cidade. Varios motoqueiros argentinos estavam pr lá. Salta surpreendeu. A cidade e o seu visual da montanha: da janela da garagem/moradia viamos a montanha avermelhada pela manha cedo. Saimos ja as duas da tarde rumo a Cayafate. Passamos pelo dique Cabra Coral e pela Quebrada de las Conchas - um vale com várias atracoes das suas formacoes mntanhosas: garganta do diabo etc. Chegamos em Cayafate querendo seguir viagem para as proximas cidades, mas depois de rodar mais 30km, desistimos e voltamos - o visual simplesmente nao impressionava tanto quanto a Quebrada. Tanto que depois de arrumar um hotel voltamos um bom trecho para rever algumas das formacoes. A noite jantamos com mais dois motoqueiros de Buenos Aires, quem sabe futuros companheiros de viagem.

Segundo Dia - Posadas - Salta

Deposi de rodar 750 km no primeiro dia, ficamos devendo cerca de 300km, já que pretendiamos dormir em Corrientes. Entao a meta era percorrer 1.200 km ate Salta, já na cordilheira. Mais uma vez nao saimos cedo. Fomos parados em Corrientes por digirir em uma via proibida para motos e tivemos que pagar uma "contribuicao voluntária" de R$ 50,00 cada para liberar as motos de uma multa. Aqui pelo menos o guarda bota um caderninho em cima do dinheiro (na Bolivia vai direto para o bolso). Mais a frente tivemos outro agrado para um mais um guarda (este barato). Para o norte da argentina foi tranquilo. Nao chuveu e ficou nublado todo o dia: bom para a atravessar o Chaco argentino (normalmente muito quente). Passamos rápido com uma parada no Pampa de lo Infierno. No inicio da noite o farol do Guillermito queimou. Tivemos que viajar uns 40km só com a luz do meu farol e ele acompanhando. Tentamos conseguir uma lampada em posto de gasolia e na cidade de General Guemes. Mas era domingo entao tudo estava fechado. Sugeri continuarmos, mas deixei o Guillermito a vontade para decidir, afnal se algo acontece porque ele estava sem luz, quem ia aguentar era eu. Depois seguimos sem luz mesmo. Chegamos tarde em Salta. A cidade lotada devido ao feridao. So conseguimos um lugar na casa de um senhor que transformou a garagem em algo parecido com um apartamento, com divisórias baixas e um banheiro desajeitado. Ele muito amigo, serviu vinho e ficou chateado de nao deixarmos ele nos guiar a noite pela cidade.

Primeiro Dia - Caxias do Sul - Argentina

Na sexta feira cheguei a Caxias por volta das dez horas e ficamos até de madrugada arrumando as motos. Decidimos que iríamos para San Pedro de Atacama, embora ainda sem um roteiro muito definido. No sábado, ninguem acordou na hora e ainda tive o apoio da moto empenado na rua, em frente a casa do Guillermito, devido a inclinacao da rua e do peso da moto. Apos 100km tivemos de parar para desempena-lo e soldar um reforco. Tudo isso nos levou a pegar estrada mesmo depois das onze da manha. A viagem ainda atrasou no caminho devido ao tráfego na rodovia e a chuva que comecou por volta da uma da tarde e nao parou mais. A adrenalina ficou por conta de uma derrapagem minha na pista, em uma curva que me levou para o acostamento da contramao. Nao cai, mas a moto rabeou forte. Depois foi a vez do Guillermito. Mais a frente descobrimos um caminhao deixando um rastro de oleo na pista. As cinco passamos de balsa, via Porto Xavier, para a Argentina. Chegamos a noite, por volta de oito da noite em Posadas. Conseguimos uma pousada no centro, mas o wi-fi nao funcionou...

quarta-feira, 2 de maio de 2012

VIAGEM BONUS DE 2012 - ATACAMA

PREPARATIVOS

Esta provavelmente é a viagem mais sem planejamento que já fiz. Nao que eu costume planejar tudo, mas saí de brasília sem saber para onde iria. A única certeza era de viajar em dupla com o Guillermito, com qem viajei para o Peru em 2009, e para as cordilheiras.