sexta-feira, 12 de janeiro de 2018

Dia 9 - Villa Union/Santiago del Estero

A Villa Union está bem estruturada para o turismo. Recebe o pessoal que faz o paso Pircas Negras (aquele que acabamos pulando). Este paso sai em La Junta, a 20 ou 30 km de Villa Union. Ao lado da cidade tem uma ultima montanha nevada (o ano quase todo). Ontem fizemos 650 km passando de vale para vale, entre estradas planas e retas e serras com muitas curvas. Demoramos quase oito horas para fazer o trecho, pois paramos muito devido ao calor (sempre mais de 40 graus) para água e gelados. A estrada é boa, sem buracos. Depois da última serra não se via mais a cordilheira. Em frente, a infinita planície argentina até o Brasil.

quinta-feira, 11 de janeiro de 2018

Dia 8 - Paso Agua Negra

La Serena tinha o dia encoberto e fazia frio quando saimos da pousada debaixo de garoa para faermos o Paso de Agua Negra de volta à Argentina. A subida incial da cordilheira foi dispersando o tempo fechado até abrir o sol. Abastecemos em La Roja, mas em Rivadavia também tem posto de gasolina, para quem quer abastecer no ultimo posto chileno. O asfalto seguiria até o posto de controle, mas aqui também as estradas estão em obras e a pavimentacão segue até 50km antes da fronteira. Esta primeira parte foi um pouco sem graça, pois havia ocupação humana até bem em cima da montanha, além de obras das pontes da estrada. Quando começou o rípio tudo melhorou, inclusive o visual das montanhas. Passamos a fronteira no inicio da tarde, encontramos neve e outros motoqueiros brasileiros. Na descida no lado argentino alguma lama depois de um trecho de estrada ter sido rompido pela água que descia. A parte argentina foi muito rápida, pois está quase toda asfaltada e tem mais retas. Já fora das montanhas perdemos mais de uma hora na aduana devido à fila. Abastecemos em Las Flores, sem precisar recorrer à gasolina extra dos galões. Um tanque grande atravessa o paso sem problemas. Dormimos em Villa Union (200km de Las Flores - muita curva na passagem das serras que existem). Foram cerca  de 600km neste dia. O paso Agua Negra é diferente do San Francisco. O Água fica dentro de um vale fechado, com os cumes mais próximos da estrada. O San Francisco fica dentro de vales amplos de largura quilométrica. Dois visuais fantásticos.

terça-feira, 9 de janeiro de 2018

Dia 7 - La Serena

Saimos do hotel e pegamos um aparthotel. Hoje vai ser relaxar na cidade. Ficamos sabendo que o paso agua negra abriu hoje, bem antes do previsto. Amanhã voltamos para a estrada.
Dia 6 - Diego de Almagro/La Serena

Como fomos dormir de madrugada, nos liberamos para voltar à estrada só à tarde. Uns dormiram (eu, inclusive), outros cuidaram das motos (guillermito) e outros ainda ficaram resolvendo de um tudo. Ficamos sabendo que todos os pasos desde san francisco até o jama (ao norte) estavam fechados. A opção era o paso agua negra, ao sul, na altura de la serena. Desistimos então de fazer o paso pircas negras que seria o retorno à argentina, partindo de copiapó (iríamos dormir em copiapó). O resto do grupo seguiu para o norte. Nos descemos para la serena, passando por copiapó e vallenar. Existem pedagios, então precisa ter pesos chilenos. Chegamos final da tarde em la serena e nos informamos que o paso agua negra também estava fechado (havia sido fechado enquanto estavamos na estrada). Assim, nos acomodamos em um hotel para passar a primeira noite já pensando que deveríamos ficar alguns dias na cidade. Então a viagem ganhou um novo atrativo: a praia com o pacífico. A cidade está cheia devido as férias.
Dia 5 - Paso San Francisco

Neste dia tivemos novidades e uma guinada na viagem...A noite em Fiambalá foi agitada com uma festa de regaeton. Saimos por volta de 8:30h (o café da manhã nas pousadas é sempre tarde). Passamos pelo hotel cortado (90km) que é bem grande e provavelmente tinha vaga para dormirmos. Em seguida chegamos ao controle de fronteira argentino que fica a 20km da fronteira. Tudo asfaltado. A paisagem é fantastica com picos nevados e vales. Passamos para o Chile que começa com rípio na fronteira. A estrada está em obras, por isto o rípio estava relativamente ruim. O trecho até o controle de fronteira chinelo está sendo asfaltado. Provavelmente até o final de 2018 a obra estará pronta. A idéia era dormir junto da laguna verde, em um refúgio dos carabineiros chilenos. Mas achei o lugar abandonado demais, sem camas ou calefação. Seguimos mais à frente em busca de outros abrigos, mas não existe nenhum. O asfalto começou 25km depois da laguna verde. Em um vale pegamos neve na estrada! E aí os indícios da guinada que estava por vir...Chegamos ao controle de fronteira e consegui um alojamento para dormirmos na montanha. Fizemos os procedimentos, guardamos as motos e dei uma caminhada até um salar próximo (espetácular). O visual era de sol se pondo à oeste e neve caindo nas montanhas à leste. Quando retornei ao controle tudo havia mudado. Havia chegado uma ordem de evacuação do local: todos deveriam descer a montanha para a cidade mais próxima ou Copiapó. Além de nós, havia mais três motoqueiros e dois carros com famílias. Foi um momento tenso e de discussão com a guarda, mas a ordem estava dada. A preocupação era viajar à noite 180km de estrada de rípio ruim (bem ruim). Por sorte, um dos motoqueiros conhecia uma estrada melhor que segue para Diogo de Almagro. Esta também de rípio, mas bem compacto, com poucos trechos frouxos ou com buracos (íamos até a 80 ou 100 km/h). Montamos uma caravana (dos renegados), saímos com o por do sol e continuamos à noite por quatro horas. Apesar da tensão inicial, a aventura acabou sendo divertida - o grupo era bom, alguns hermanos de ruta, e deu para relembrar o que é viajar em cinco motos. Dorminos todos em um hotel que era um galpão com placas de compensado, banheiro coletivo.





segunda-feira, 8 de janeiro de 2018



Dia 4 - Fiambalá
Saímos da pousada por volta de 8:30h. Normalmente, não repetimos um trajeto de volta, mas aí fomos nós. Cabe colocar que os sucessivos vales na estrada até Antofagasta são belíssimos. O lugar vale muito a pena. A cidadezinha é simples, mas muito acolhedora. Muitas agencias de turismo fazem passeios por ali. Na pousada, conhecemos Horácio, o dono, que passou várias informaçòes sobre a regiào, propícia ao offroad. Saímos com sol, mas logo o tempo fechou e pegamos chuva antes do trecho intermediário de rípio. Um chuva leve, porém contínua que no final fazia o rípio enlamassado deslizar muito. Voltamos ao asfalto e dobramos para Belem no El Eje. Em Belen abastecemos (tem posto). A cidade é pequena. Depois fomos a Tinogasta e Fiambalá, onde dormimos. Fiambalá tem toda a estrutura para o viajante, posto, informações, hoteis. Até aí, asfalto bom. Muito vento, principalmente à tarde. Tinhamos a opção de dormir na montana a cima, em Cortadero - um hotel no meio das montanhas. Mas não confirmamos se tinha vaga e preferimos não arriscar.


Dia 3 - Termas Rio Hondo/Antofogasta de la Sierra

Saímos tarde de Rio Hondo, por volta de 10:00h, com a meta de subir a cordilheira e chegar a Antofagasta no meio de um trecho da Rota 040. A viagem começou com o visual da cordilheira levamente encoberta. Foi muito bom revê-la após tantos anos. Depois de uma costura de várias estradas chegamos ao pé da cordilheira e começamos um subida muito sinuosa em meio a uma floresta parecida com nossa mata atlantica até Tati del Valle. Em Tati del Valle já estava frio e o visual das montanhas tomou conta. Passamos de vale em vale com muito vento e uma novidade: tempestade de areia (nada muito exagerado). Passamos por Santa Maria que tem posto de gasolina (a cidade é relativamente grande) em direção à Hualfin que também tem posto e, por fim, até El Eje (a encruzilhada onde saimos da estrada principal para a estrada de Antofagasta). El Eje tem um posto de gasolina onde enchemos os tanques e os galões de gasolina. Passamos no povoado de Los Amores para um lanche e tocamos em frente. A estrada é asfaltada com exceção de 25km no fundo de um vale e depois de El Penon. Para El Penon os asfalto foi acabando, perdendo a pintura e a largura, além de ganhar falhas. Depois de El Penon, o asfalto foi desintegrando até um trecho muito ruim de rípio solto, onde a moto chegava a atolar nas pedras soltas. Quase desistimos de continuar, quando consegui informação com um carro que passava que mais a frente o asfalto voltava. De fato, existem 18km de asfalto bom antes de Antofagasta. No final do dia rodamos 550km, chegando por volta de 20:00h. A cidade fica no meio do nada, isolada de tudo. Interessante que passamos perto de Cafayate, onde estivemos na viagem de San Pedro de Atacama, assim como, a estrada de Antofagasta vai bater na estrada do paso sico (este trecho está muito ruim, como disseram).