Ontem
chegamos com as motos recobertas de sal. O Guillermito lavou logo a moto, que
estava dando uma pane elétrica. A minha joguei uma água e mais um pouco hoje de
manhã. Na última hora veio a dúvida se na fronteira teria a casadinha
migración-aduana para sairmos da Bolívia. Fomos conferir e, parece, que a aduna
é feita perto da Laguna Colorada, enquanto a migración fica na fronteira mesmo.
Entre uma coisa e outra (ainda fomos comprar mais gasolina para colocar em
garrafas pet), pegamos a estrada às 9:00h. Estrada de terra larga e boa até. A
idéia era dormir em Villa Alota (150km), mas chegamos lá ao meio dia. Seguindo
os mapas e o GPS continuamos na mesma estrada (mais 50km). Paramos no Chile! Em
um posto aduaneiro no fim do mundo, no meio de vulcões nevados, salares e muito
vento. Isso porque não conseguimos encontrar a estrada que, seguindo a
cordilheira, nos levaria a Laguna Colorada. Compramos um pouco de gasolina com
alguém que tinha em casa. Voltando, procurando a estrada à Laguna, encontramos
um guia boliviano que não só indicou a estrada (180km), como avisou que ela
estava em péssimo estado. Não conseguiríamos então chegar à Laguna. Voltamos à
Alota! Daí conseguimos mais gasolina (muita sorte), enchemos o tanque e várias
garrafas. Partimos então para outro caminho, seguindo a dica do guia, e fomos
parar em Malku Villa Mar à 50Km. A estrada pior, mais estreita, com costelas e
bolsões de areia. Ficamos em uma pousada “cinco estrelas”, a melhor até agora e
mais cara. Na Bolívia o caro é relativo. A gasolina de 5 a 10 bolivianos o
litro (menos de um Real a pouco mais de dois – depende se conseguimos com preço
nacional ou para estrangeiro - sobretaxa). As pousadas variando desde 60, 340
até 530 Bolivianos (10, 50 e menos de 100 Reais para os dois). As refeições de
10, 45 a 90 bolivianos (individual).